segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Liberdade e Consciência
Deus criou o homem dotado de razão e lhe conferiu a dignidade de uma pessoa agraciada com a iniciativa e domínio de seus atos, para que assim pudesse o homem (por si só) procurar seu Criador e dependendo do uso de seu livre arbítrio chegar à perfeição.
A liberdade é o poder racional que advém da vontade de AGIR ou NÃO AGIR, de “praticar atos ou não” segundo a própria vontade de cada um. Mas este agir / praticar deve guiar uma liberdade responsável. Tudo posso, mas nem tudo me convém. De acordo com a sua liberdade, ou você cresce rumo à perfeição ou definha e se atrofia rumo ao pecado. Devemos saber escolher aquilo que não corrompe as vontades de Deus Pai.
Vejamos 1 Cor 7, 22-24: 22Pois o escravo, que foi chamado pelo Senhor, conquistou a liberdade do Senhor. Da mesma forma, quem era livre por ocasião do chamado, fez-se escravo de Cristo. 23Por alto preço fostes comprados, não vos torneis escravos de homens. 24Irmãos, cada um permaneça diante de Deus na condição em que estava quando Deus o chamou.
Ser preso às vontades de Deus é a única “prisão” que liberta, conforme podemos observar em 2 Cor 3, 17: 17Ora, o Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. O preço de sua liberdade é o Mistério da Redenção (como vimos em Os Novíssimos do Homem). Na Redenção, Cristo foi entregue permitindo a todos os homens a possibilidade da Salvação. Por isso, não devemos usar nossa liberdade de forma a perder aquilo que mais almejamos: a vida eterna.
O mau uso de nossa liberdade pode colocar outros em pecado, conforme  podemos  ver  em 1 Cor 8, 9: Atenção, porém: que essa vossa liberdade não venha a ser ocasião de queda aos fracos . Se acaso agirmos assim, seremos julgados por todos os nossos pecados e por todos que levamos a pecar. Existem coisas que podem nos afastar da responsabilidade de nossas ações, estas são: a curiosidade, a ignorância, inadvertência, violência, medo, maus hábitos, ganâncias e outros fatores psíquicos ou sociais.
Nós, como imagem e semelhança de Deus, devemos agir com responsabilidade e sermos TOTALMENTE responsáveis por nossos atos. Nossa liberdade tem limites e, se julgarmos errado, pode ser falha. O homem às vezes prefere ser escravo do pecado, ficando assim preso ao que destrói, em vez de ser escravo de Deus e ficar preso Àquele que liberta. Assim foi com Adão e Eva.
Estar com Deus é “comungar da verdade que nos torna livres” (Jo 8,32). Por mais que Deus queira que você não peque, Ele não te impede de pecar. O homem guarda em si o poder de se salvar ou de se condenar pelo simples fato de escolher viver conforme sua própria vontade, nem sempre seguindo as vontades de Deus.
A consciência é uma espécie de lei que nos conduz ao caminho do bem. No interior de nossos corações e de nossas cabeças, a moral faz com que o homem escute aquilo que Deus nos fala e que o mundo tenta fazer com que não se ouça. Quando se comete um pecado, sabendo que estará fazendo algo que desagrada a Deus, é a sua consciência que te faz ter medo e que às vezes te faz desistir. Nem sempre você lembra de Deus nesses momentos, mas Ele nunca se esquece de você.
A nossa consciência nos faz querer o bem, não só para nós, mas também para TODAS as demais pessoas. Deve-se ainda evitar que se propague o mal, de acordo com os dois mandamentos que resumem toda a Lei de Deus: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”.
O homem tem o direito de agir com consciência de liberdade a fim de tomar pessoalmente as decisões morais.
A consciência deve ser educada e o juízo moral esclarecido. A educação da consciência é uma tarefa para toda a vida, ela garante a liberdade e gera a paz nos corações
Na formação da consciência, a Palavra de Deus tem que ser a luz que ilumina todo o nosso caminho.

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